Idealmente fazer descongelação lenta, no interior do frigorífico;
Se imperioso, acelerar a descongelação colocar o recipiente de leite sob água corrente, primeiro fria depois quente;
Oferecer o leite materno frio, à temperatura ambiente ou, se a criança preferir, ligeiramente amornado;
Aquecer em água quente, colocando o recipiente com leite dentro de tigela com água quente, não utilizar o lume directo nem em "banho-maria", não utilizar microondas;
Agitar suavemente para homogeneizar.
O horário da criança amamentada
Alimentar a criança a pedido (excepto se os pais derem outra indicação escrita);
Estar atento aos sinais precoces de fome da criança (perguntar à mãe).
Como dar o leite materno
Lavar as mãos, antes e depois;
Segurar a criança, mantendo-a próxima, fale para ela;
Reconhecer os sinais precoces de fome;
Oferecer, de preferência, com copo ou colher;
Respeitar o seu ritmo;
Respeitar os seus sinais de saciedade;
Desperdiçar o leite que sobrou;
Evitar alimentá-la nas 2h que antecedem a chegada da mãe, se necessário dar apenas um "snack" = 10 - 20 ml de leite.
O que é necessário transmitir à mãe
Registar e informar
Número de refeições;
Quantidade de leite consumida;
Número de fraldas molhadas e secas
Informar sobre os locais de apoio especializado da área
O perigo de acidentes não é o único problema dos andarilhos ou "aranhas". «O facto de a criança ficar em pé no andarilho impede-a de rolar, sentar-se ou gatinhar, que são as bases para a aquisição da marcha. Quanto mais praticar estas etapas, mais depressa aprenderá a andar. Além disso, como o bebé anda na ponta dos pés, causa tensão nos músculos das pernas, atrasando o desenvolvimento motor em geral», explica Elsa Rocha, pediatra no Hospital de Faro.
«Os andarilhos são um contra-senso, uma vez que são desenhados para pôr a criança numa posição que não é a ideal para o seu desenvolvimento naquele momento», clarifica Elsa Rocha, que também é uma das responsáveis pelo estudo da SPP sobre andarilhos
.
A pediatra reforça ainda a inutilidade dos andarilhos, alertando para os perigos que lhe estão associados: «São completamente contra-indicados. Mesmo que sejam utilizados durante pouco tempo, não fazem bem nenhum. É fundamental alertar os pais. A maior parte não tem noção de que os andarilhos são um objecto perigoso e sem qualquer tipo de vantagem.»
Proibir a venda de andarilhos seria a solução? «Proibir apenas em Portugal não fará muito sentido, pois facilmente se compraria um andarilho em Espanha.»
A discussão sobre o perigo dos andarilhos já fez correr muita tinta pelo mundo fora, principalmente no Reino Unido e nos EUA. A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda a proibição de andarilhos desde 1995. No entanto, e apesar de em 2001 terem sido registados mais de seis mil acidentes com crianças em andarilhos, o governo americano ainda não tomou qualquer medida nesse sentido. Ao longo destes anos, a AAP tem feito vários comunicados dirigidos aos pais, desencorajando-os a comprar os aparelhos.
Em Portugal, a recomendação surge até no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil: «Os andarilhos (aranhas, voadores) provocam muitos acidentes: quedas, entalões, queimaduras, pancadas na cabeça, e não ajudam a andar, pelo contrário, podem atrasar», lê-se nos conselhos aos pais. Os especialistas recomendam ainda, a quem tiver um andarilho em casa, que, antes de o deitar para o lixo, o destrua até ficar inutilizado, para que ninguém possa mesmo voltar a usá-lo.
Estudo comprova atraso no desenvolvimento
Um estudo publicado no British Medical Journal, em Junho de 2002, arrasou de vez com as teorias que diziam que os andarilhos estimulavam a aquisição da marcha. Uma investigação da Universidade de Fisioterapeutas de Dublin concluiu que por cada 24 horas em cima de um andarilho, um bebé atrasava o início da marcha mais de três dias. Para chegar a estes números, os investigadores analisaram a evolução do desenvolvimento motor de 190 bebés saudáveis. Segundo explicaram, os bebés que utilizam andarilhos «andam sem carregar o peso do próprio corpo, o que faz com que os seus músculos e ossos não se desenvolvam normalmente».