

Este é um espaço de reflexão e partilha de ideias e pensamentos relacionados com a educação pré-escolar
No âmbito da cadeira de Actividades e Recursos em Ciências (3º ano) foi solicitada a criação de um livro sobre diversos temas, como a camuflagem, magnetismo, reciclagem, ovíparos, electricidade e sombras.
O meu grupo de trabalho ficou responsável por desenvolver um livro sobre o conceito de sombra.
No 1º semestre, fizemos diversas pesquisas para aprofundar os nossos conhecimentos acerca do conceito de sombra e posteriormente realizámos alguns questionários/actividades (20 crianças, de 4-5 anos) que nos permitiram conhecer as concepções que estas possuiam acerca do tema.
No 2º semestre, após o tratamento de dados e uma reflexão sobre as concepções das crianças, o grupo delineou a história para o seu livro.
Foi um processo bastante complexo, desde o escolher das personagens e habitat (pesquisar acerca das mesmas), construir o cenário, fazer as pesonagens (com diversos materiais). etc.
O texto talvez pudesse ser bem melhor, digo-vos construir um livro não é nada fácil, principalmente um livro infantil, pois todos os pormenores são relevantes e têm bastante significado.
Deixo-vos aqui a apresentação em PPT das concepções das crianças, a história "A cobra misteriosa da Ria Formosa" e algumas fotografias das personagens.
Materiais:
· Água fria
· Detergente (loiça, eu optei por um de cor verde, porque a água parece que está muito suja e poluída)
· Manteiga
· Papel absorvente
· 2 Recipientes transparentes
Procedimento
Resultados
· No primeiro recipiente observar-se-á que só se afunda a bola de papel sem manteiga, a outra permanece apenas submergida.
· No segundo recipiente observa-se que ambas as bolas se afundam (embora a que tem manteiga o faça um bocadinho mais lentamente).
Nota: para uma criança não é muito visível o aspecto do afundar no recipiente 2, mas sim o facto do papel se espalhar deixando de ter a forma de uma bola. Por isso, o meu objectivo é que eles percebam que no recipiente
Explicação
O papel engordurado repele a água. Da mesma maneira, as penas dos patos têm uma gordura natural que lhes permite flutuar. Mas um detergente permite que a água adira às substâncias com gordura. Isto faz com que possa molhar o papel (ou as penas do patos) e, assim, afundá-lo.
O detergente é útil para lavar pratos, porém é mau para os patos, gaivotas, etc. Por isso, cada coisa no seu lugar, assim não faz mal.
do procedimento e dos materiais
das hipóteses
dos resultados
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
“Sair da escola para fazer um trabalho de campo constitui para os alunos uma autêntica aventura que lhes proporcionará um amplo leque de possibilidades de aprendizagem.” (AAVV, 2002, pg.332) Estas saídas são também uma óptima forma de motivar as crianças, visto que estas quebram a rotina.
A descoberta do meio natural e social é uma das áreas básicas que fazem parte do currículo de educação infantil e a sua aprendizagem é um dos objectivos principais nesta etapa educativa.
Essa descoberta deve ser sempre, planeada de forma articulada com as actividades que se desenvolvem dentro da sala de aula, de acordo com as Orientações Curriculares, consoante as necessidades das crianças e curiosidades das mesmas, “A curiosidade natural da criança e o seu desejo de saber é a manifestação da busca de compreender e dar sentido ao mundo que é própria do ser humano (…)” (Ministério da Educação,1997, pg.79)
A saída de campo é um recurso didáctico onde se promove a observação e o contacto com os diferentes meios. Assim a criança poderá alargar os conhecimentos e atitudes prévias que esta tem.
“(…) a saída de campo deve abranger um conjunto de objectivos que ultrapasse a vulgar observação e descrição do meio.” (Rebelo, D. e Marques, L., 2000, pg.15) A observação deverá ser feita não só apenas usando a visão mas também um conjunto de sensações (cheirar, ouvir, apalpar, etc) podendo assim descobrir, identificar e/ou discriminar os vários elementos constituintes do meio envolvente.
É importante que o educador oriente toda a observação e indique a finalidade da mesma. Ele deverá questioná-las intencionalmente, nunca esquecendo de lhes dar oportunidade e liberdade para satisfazer a curiosidade das mesmas.
“ (…) a observação da paisagem é o ponto de partida para a compreensão do espaço geográfico, já que ela resulta de uma complexa composição de elementos naturais e sociais em constante relação uns com os outros.” (fotocópias fornecidas por um professor de Geografia).
A paisagem é um património comum que pode estar relacionado com o lazer, o ambiente, a qualidade de vida, a cultura, entre outros, resulta da combinação dinâmica de diferentes elementos (físicos, humanos, culturais, etc.). A mesma pode ser resultado das mãos do homem, ou um bem natural que temos o dever de proteger.
Quando se desenvolve um projecto relacionado com o ambiente envolvente é preponderante existir contacto directo com o ambiente em questão.
A criança precisa de sentir, experimentar, explorar para conhecer e aprender a respeitar e preservar o que a rodeia.
Referências bibliográficas:
AAVV, (2002). Manual da Educação Infantil – a descoberta do ambiente natural e social, comunicação e expressão na educação infantil. Setúbal: Marina Editores
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento da Educação Básica
Rebelo, D. e Marques, L. (2000). O trabalho de campo em Geociencias na formação de professores: situação exemplificativa para o cabo Mondego. Cadernos Didácticos/ série ciências nº4;