terça-feira, 7 de abril de 2009

Saúde oral na infância (2ºparte)


Qual a importância dos dentes temporários (de leite)?

Os dentes de temporários ou decíduos, habitualmente designados por dentes de leite, têm tanta importância para o correcto desenvolvimento do bebé como qualquer outro órgão ou sistema.

A principal função será permitir à criança a correcta mastigação dos alimentos. Mas outras funções estão-lhe associadas, nomeadamente o estímulo para o correcto crescimento da face e a manutenção do espaço necessário para o nascimento dos dentes definitivos ou permanentes.

O que fazer quando os dentes de leite começarem a erupcionar?

Os dentes começam a erupcionar por volta dos 6 meses e devem terminar o seu crescimento por volta dos 30 meses. Isto faz com que muitas crianças fiquem com as gengivas muito sensíveis, o que as torna irritadas. Pode ajudar, esfregando as gengivas com o dedo, uma dedeira especial para esse efeito ou um anel de borracha refrigerado. Também existem géis e produtos farmacêuticos para aliviar o desconforto provocado pela erupção dos dentes do bebé.

Se a sua criança tiver febre quando os dentes estiverem a erupcionar, pode ser um processo natural de reacção do organismo. Contudo, se a febre persistir, será melhor contactar o seu médico para ajudar a prevenir qualquer outro problema, pois é um período particularmente sensível na interacção do corpo do seu bebé com o meio ambiente.

Como cuidar dos dentes temporários?

Passar os bons hábitos de higiene oral para as suas crianças é uma das lições de saúde mais importantes que lhes pode ensinar. Isto significa ajudá-las a escovar os dentes duas vezes por dia, limitar os lanches entre as refeições (especialmente os que contêm alimentos e/ou bebidas açucaradas como bolachas, pão achocolatado, refrigerantes) e visitar o profissional de saúde regularmente.

O médico também irá controlar o crescimento e o desenvolvimento dentário do seu filho, dando-lhe conselhos sobre o desenvolvimento dentário e respectivas condicionantes, nomeadamente a importância do flúor, como ajudar a manter uma boa higiene oral, como lidar com os hábitos orais da sua criança (por exemplo, o uso da chucha), nutrição e dieta.

Deve evitar que a sua criança ingira bebidas gaseificadas, pois estas provocam a erosão dos dentes. Se mesmo assim decidir que ela pode ingerir bebidas gaseificadas, use então “palhinhas” para evitar o contacto directo da bebida com as faces dentárias.

Faça a sua criança ver que uma visita ao profissional de saúde oral é uma experiência positiva. Explique que ajuda a manter uma boa saúde. Ao incentivar uma atitude positiva, aumenta as hipóteses da sua criança visitar regularmente o profissional de saúde oral ao longo da vida e reduz a necessidade de tratamentos mais invasivos e potencialmente geradores de medo e ansiedade.

Quanto mais cedo se iniciar o hábito diário de higiene oral, melhores perspectivas há de evitar as doenças orais, por isso, crie junto da sua criança o hábito de higiene oral desde a erupção do primeiro dente.

 Fonte: Portal da Saúde (Ministério da Saúde)

Saúde oral na infância (1ºparte)

Como cuidar dos dentes dos meus filhos?

Uma boa saúde oral começa no início da vida das suas crianças. Antes do nascimento do primeiro dente, alguns factores podem afectar a sua aparência e a sua saúde de forma permanente. Existem alguns medicamentos que, se forem administrados às grávidas, às mães que amamentam ou às crianças, no período em que se estão a formar os dentes, podem causar a descoloração ou alterações na formação dos dentes. Por esta razão, siga sempre as recomendações do médico. Não tome medicamentos, que não sejam indicados pelo médico.

As crianças precisam de cuidados orais especiais que todos os pais devem saber.

O que são as cáries de biberão e como posso evitá-las?

São provocadas pela exposição frequente e demorada dos dentes a soluções (líquidas ou cremosas) que contêm açúcares ou seus derivados. Nestes incluem-se o leite, as papas e sumos de fruta.

Assim, o hábito da criança andar durante muito tempo com a tetina do biberão na boca permite um contacto directo desses agentes sobre as superfícies dentárias,

Os líquidos açucarados permitem a adesão das bactérias às superfícies dentárias, depositam-se à volta dos dentes e aí permanecem durante longos períodos enquanto o bebé dorme, conduzindo à formação de cáries dentárias que têm o seu início nos dentes anteriores superiores e inferiores (incisivos e caninos). Não deve deixar que o seu bebé adormeça com o biberão de sumo ou de leite na boca.

A higiene oral começa logo após a erupção do primeiro dente do bebé. Deve ser executada pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas, obrigatoriamente, antes de deitar.

Chuchar no dedo é um problema? 

O reflexo de chuchar no dedo é frequente nos bebés. Contudo, o hábito de chuchar nos dedos pode causar problemas no crescimento dos maxilares e no posicionamento dos dentes.

Deve prestar particular atenção a este hábito, de modo a eliminá-lo ou evitando que ele se estabeleça. É preferível o uso de chupetas. Contudo, se o seu uso for prolongado também pode causar importantes problemas orais.

Fonte: Portal da Saúde (Ministério da Saúde)

 

Clique aqui para ter acesso ao Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Visitem este site com as vossas crianças Mostra o teu sorriso no qual existe uma animação, onde se explica como se deve escovar os dentes e dá dicas para uma boa higiene oral. Existindo também um espaço de jogos. 



 
   
  

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O educador e o serviço de Pediatria

Ao longo das duas semanas intensivas (2007) de iniciação à prática profissional no Serviço de Pediatria do Hospital Distrital de Faro deparei-me com um contexto educativo muito diferente do Jardim-de-infância para o qual ainda não tinha tido qualquer contacto.
O educador de infância num Jardim-de-infância tem como objectivo principal que as crianças adquiram conhecimentos e desenvolvam capacidades, predisposições e sentimentos, enquanto que no serviço de pediatria, este pretende fundamentalmente minimizar a dor que a criança internada e os respectivos familiares/acompanhantes sentem, através de actividades lúdicas e do afecto que lhes é dado. Estas actividades permitem simultaneamente desmistificar a imagem que as crianças têm do internamento (normalmente têm uma imagem má).
O papel do educador não se restringe ao apoio às crianças, este deve ser dado também ás suas famílias, visto que a presença das mesmas é essencial para que a criança supere a doença e o internamento que esta implica. 
No serviço de pediatria de Faro, as educadoras de infância costumam actuar na sala de actividades, nos quartos das crianças e na sala de tratamentos, sendo fulcral o acompanhamento destas nos momentos de tratamento que as crianças realizam.Este serviço de pediatria não é constituído apenas pelo internamento, existem outras valências, como o Hospital de Dia, as consultas externas e a urgência pediátrica, durante uma das conversas informais que eram estabelecidas com as educadoras foi perceptível a necessidade que este serviço tem de um maior número de educadores de infância (existem apenas 2 educadoras), para assim colmatar com a actual inexistência de educadores a tempo permanente nas valências anteriormente referidas.
Durante estas duas semanas intensivas, descobri um “mundo” que desconhecia, foi uma experiência muito enriquecedora, visto que serviu para abrir os meus horizontes. Considero que neste contexto educativo, um educador tem que se entregar de corpo e alma, se no jardim-de-infância tal já acontece, neste contexto educativo isso é ainda mais evidente.Para trabalhar num serviço de Pediatria é necessário muita força, vocação e algo muito importante que aprendi: superar as grandes dificuldades, angústias e medos através de um largo sorriso nos lábios.
Obrigado a todos aqueles que me possibilitaram experienciar este contexto educativo, sendo meu desejo que todas as minhas práticas profissionais me proporcionem momentos de reflexão e possibilitem novas aprendizagens.

Andreia Aleixo
Junho de 2007


 

sábado, 4 de abril de 2009

Carta dos Direitos das Crianças a Brincar

  1. As crianças têm direito a brincar todos os dias. Na escola, entre as aulas e ao longo delas (sempre que o professor for capaz de pôr "brincar" a rimar com "aprender"). Em casa e ao ar livre - no quarto como num parque - sob o olhar, discreto, dos seus pais. Brincar só até ao fim-de-semana não é brincar; é pôr uma agenda no lugar do coração.
  2. As crianças têm direito a exigir o brincar como o principal de todos os deveres. As crianças têm direito a defender a primazia do brincar sobre todas as tarefas. A fórmula "primeiro fazes os deveres e depois brincas", tão do agrado dos pais, é proibida! Só depois de brincar vem o trabalho.
  3. As crianças têm direito a unir brincar com o aprender. Brincar é o "aparelho digestivo" do pensamento. Liga o que se sente com aquilo que se aprende. Quem não brinca imita, falseia ou finge. Mas zanga-se, sem redenção, com o aprender!
  4. As crianças têm direito a não saber brincar. Brincar é uma sabedoria que nunca se detém: inventa-se, descobre-se, deslinda-se ou desvenda-se. Brincar é confiar: no desconhecido, no que se brinca e com quem se brinca. Crianças sossegadinhas são brinquedos à espera dos pais para brincar.
  5. As crianças têm direito a descobrir que os melhores brinquedos são os pais. Apesar disso, têm direito a requisitar tudo o que entendam para brincar. Têm direito a brincar com as almofadas, com caixas de cartão, com os dedos e com o que entendam, por mais que sejam objectos convencionados para brincar. Tudo aquilo que não serve para brincar não presta para descobrir e com brinquedos de mais brinca-se de menos.
  6. As crianças têm direito a desarrumar todos os brinquedos (e a arrumá-los, de seguida, com um toque... pessoal). Têm direito a desmanchar os que forem mais misteriosos, os mais rezingões ou, até, os divertidos. Quando brincam, têm direito a ter a vista na ponta dos dedos, a cheirar, a sentir, a falar, a rir ou a chorar. Não há brinquedos maus! A não ser aqueles que servem para afastar pessoas com quem se pode brincar.
  7. As crianças têm direito a brincar para sempre. A Infância nunca morre: apenas adormece. E quem, crescimento fora, se desencontra do brincar, não perceberá, jamais, que não há crianças se não houver brincar.
Eduardo Sá

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Receita do Folar da Páscoa

Esta receita é ideal para fazer com os mais pequenos na sala do jardim-de-infância ou em casa com os seus filhos. 

Ingredientes
• 1,5 kg. farinha 
• 75 g manteiga 
• 25 g fermento de padeiro 
• 750 g. açúcar amarelo
• 6 ovos 
• 1 dl Leite Morno 
• 1,5 c. de sopa  de sal 
• 3 c. de sopa de canela 
• 1,5 c. de sopa de erva doce
• ovo(s) cozido(s)
• 1 raspa limão

Modo de Preparação
1.Dissolve-se o fermento num pouco de leite morno.

2. Amassa-se bem a farinha com o açúcar, o leite e os ovos e junte o fermento. Acrescenta-se a manteiga, o sal, a raspa do limão e as especiarias.
Amassa-se até a massa se soltar da tigela. Deixa-se levedar numa tigela tapada com um cobertor durante mais ou menos 1 hora.

3. Faz-se então uma bola, onde se coloca os ovos previamente cozidos e frios. Com um pouco de massa faz-se uns cordões que se coloca a rodear os ovos. Pincela-se com gema de ovo, deixa-se levedar mais um pouco e leva-se a forno quente (200ºC), aproximadamente quinze minutos, até ficar bem corado e cozido.

Bom apetite!
Nota: Esta quantidade dá para uns 7 ou 8 bolos só com um ovo. 

Esta é uma excelente oportunidade para realizar a representação das quantidades numa tabela, visto que é indispensável que as crianças construam as suas próprias tabelas, para que possam compreender as suas vantagens e a sua estrutura. Por vezes, as crianças preenchem os mapas de presença (em tabela) e não são capazes de compreender a sua funcionalidade (para que servem e como se lêem).

Clique aqui para visualizar um exemplo de uma tabela



quinta-feira, 2 de abril de 2009

Hoje celebra-se o Dia Internacional do Livro Infantil

Dia Internacional do Livro Infantil celebra-se desde 1967, no dia 2 de Abril, data em que nasceu Hans Christian Andersen, um famoso escritor e poeta dinamarquês de histórias infantis, donde se destaca "O Patinho Feio", "O Soldadinho de Chumbo", "A Pequena Sereia" e a "A Princesa e a Ervilha"

Um dos objectivos desta comemoração é suscitar o gosto pela leitura e evidenciar os livros escritos para crianças. O gosto pela leitura deve cultivar-se precocemente e as crianças que gostam de livros adquirem e desenvolvem, mais cedo, a sua criatividade, autoconfiança, respeito pelo outro, compreensão, entre tanta outras competências, constituindo assim um conjunto de bases essenciais para o seu crescimento.

Deixo aqui uma sugestão de um livro infantil:

Este livro reúne duas histórias:«A menina das galochas» e «Encontros do Sol e da Lua». 
No primeiro conto, a personagem principal, uma menina que andava sempre de galochas e que gostava de pular de poça em poça e dançar aos sons do chapinhar, resolve tentar trazer cor ao lugar onde vivia e onde o Sol nunca aparecia. Para isso teve uma ideia que tratou de pôr em prática…
No segundo conto os leitores são conduzidos a uma brincadeira imaginária: como
seria se o Sol ocupasse o lugar da Lua e a Lua ocupasse o lugar do Sol? 
Ambos os contos, escritos numa linguagem com forte densidade poética e com um ritmo próprio a embalar na
leitura, criam um acolhedor e apresentam um cativante ritmo de acção.

Fonte: Pé de Página (Editor do Livro)

Título: Conversas do Céu e da Terra
Autor: Rita Sobral
Ano: 2008

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